sábado, 7 de janeiro de 2012

João Rodrigues lançará livro no Reriurio

Capa do livro. Clique na imagem para ampliá-la.

Dia 13 de janeiro haverá mais um Reriurio, e desta vez terá um gostinho especial para a galera de Riacho das Flores, uma vez que, pela primeira vez na sua história, um filho de nossas águas lançará um livro.
João Rodrigues, também conhecido por João Félix, lançará seu primeiro livro, de poesias, que traz como título  "A terra onde fui criado - cordéis e outras poesias". As poesias são sobre variados temas, mas é voltado principalmente para coisas da nossa terra, uma boa para quem gosta de relembrar das coisas de nosso chão. Há cordéis e outras poesias nos mais variados estilos (sextilhas, septilhas, oitavas, décimas, carretilhas, etc). No estilo cordéis, destacam-se "Carnaúba, a árvore da vida" (em sextilhas - seis versos), lançado pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel, "Conselhos de um avô a um neto" (décimas) e "O boi que bebia cachaça". Nas poesias de um modo geral o poeta tentou escrever para agradar os mais variados gostos, do humor à crítica social. O Prefácio do livro foi escrito pelo Professor Nataniel Gomes, e a Introdução pelo Professor Deassis Ribeiro, filho de Reriutaba.
João Rodrigues morou no Rio de Janeiro durante 19 anos. Lá, trabalhou como garçom em hotéis e restaurantes (inclusive na Barraca da Chiquita, onde acontece o Reriurio) e no mercado editorial em empresas como GW Editora e Editora Ediouro Publicações.
Ainda no Rio, ganhou vários prêmios literários. Graduou-se em Letras (Português e Inglês) e fez Pós-graduação em Língua Portuguesa, Linguística e Produção de Texto.
 Hoje trabalha na Secretaria de Educação de Reriutaba e escreve no Blog do Riacho.

Carcterísticas do livro:
páginas: 128
Preço: 20,00

Veja um trecho de uma das poesias que está no livro:


MEU SERTÃO TÁ DIFERENTE

Seu moço o sertão tá tão diferente
Até sua gente já se transformou
Tudo está mudado, moderno, atual
Meu próprio arraial se modificou.

 Cadê o pilão
O pote, o jirau?
Cadê o grajau?
A trança, o surrão
Cadê o algodão?
Eu quero plantar
Como vou quebrar
A velha mamona?
Até a sanfona
Parou de tocar.

História assombrada ninguém mais escuta
Cadê a matuta ariando a panela?
Cadê a mocinha que a casa abrilhanta
Com cara de santa, com ar de donzela?

Cadê o moinho
Pra fazer o pão?
O currupião,
Cadê o seu ninho?
Não tem passarinho
Como antigamente
Cadê a nascente
Que banha a chapada?
Não existe mais nada
Tudo é diferente.

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