sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Se morrer a poesia...




Se por tragédia morrer a poesia
Murcham-se os jardins, secam-se as rosas
As violetas, tão meigas, cheirosas
Não exalam perfumes ao raiar o dia.

Morre o poeta, e com ele a alegria
Caem as estrelas, se dissipa a lua
Calam-se todos os bandolins da rua
Morrem os boêmios, morrendo a poesia.

Os violões em frente às janelas
Ficarão mudos, caem em nostalgia
E sofrerão em pranto as donzelas...

Aos quatro cantos choram em agonia.
Transformar-se-á o amor em mazelas
Finda-se o mundo morrendo a poesia.

João Rodrigues

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