quarta-feira, 30 de julho de 2014

O melhor lugar é o nosso!


O ser humano é um andarilho por natureza, tá no sangue. Viaja, visita, conhece, mas sempre volta pra casa. E onde quer que esteja, por melhor que ache, sempre dá uma saudadezinha da rede perdurada no torno.
Mas quando eu chego no Riacho... estou em casa. E é bom!
Um dia desses, de passagem por lá (sou de lá, mas não moro lá), resolvi me consultar (Pois é, temos um Posto de Saúde!). Ao entrar, fui bem recebido por demais. Nem parecia estar chegando num centro de saúde. As atendentes e enfermeiras me receberam como se eu fosse o único e mais importante paciente – logo depois vi que todos são tratados dessa forma, e fiquei mais feliz ainda.
O mais estranho, no entanto, foi o sotaque do médico. Sim, um médico cubano. Por um momento me deixei levar para anos atrás, quando até uma Anador era difícil de ser encontrada.
“Interessante”, pensei, “estou sendo atendido no Posto de Saúde de minha comunidade... tem um médico em minha comunidade, à nossa disposição... um médico estrangeiro... o Riacho se internacionalizou”, ri para mim mesmo.
Como eu era o último paciente daquele turno, pude dar uma boa conversada com o médico, que se mostrou bastante simpático. Ao terminar, percebi como é bom ter as coisas das quais precisamos, bem no terreiro de casa, onde somos conhecidos pelo nome.
Como é bom quando somos vistos, valorizados... ver nossos direitos sendo observados, como deve ser, de fato.
Mas também precisamos valorizar o que temos; dar valor a quem nos valoriza. Pois, se assim fizermos, sempre seremos valorizados.
Afinal, o melhor lugar do mundo é o nosso.


João Rodrigues

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